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SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922: “CASA DA COLINA”

A SINGELA CASA DO ESCRITOR

MODERNISTA GUILHERME DE ALMEIDA.


Reportagem: Caroline Rossetto


Guilherme de Almeida foi um dos principais expoentes do Modernismo Brasileiro. Nascido em Campinas em 1980, passou sua infância em Limeira e Araras e em 1912, formou-se na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, localizada no atual Centro Histórico de São Paulo.


O jovem advogado fez a sua estreia literária em 1916 com o livro “Mon Coeur Balance” e a peça “Leur Âme”, com ajuda de Oswald de Andrade. Em 1922, lançou o poema “Era uma Vez…” e foi uma maiores organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922, junto com o famoso Grupo dos 5 (Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Anitta Malfatti, Oswald de Andrade e Menotti del Picchia), fundando a Revista Klaxon, que foi porta-voz do Movimento. Nessa revista, Guilherme trabalhou como editor, criou a capa e cuidava dos anúncios publicitários e divulgava-a em palestras. A revista durou apenas um ano, mas foi importante para apresentar novos artistas e a publicação de poemas e escritos.


A importância desse movimento que uniu literatura, música, poesia e dança e que trouxe artistas renomados, é relatada pelo Museólogo das Redes de Museus Casas Literárias de São Paulo Guilherme de Almeida, formado pela UniRio e também mestre em Memória Social, Ivanei da Silva:


“A Semana de Arte Moderna que agora, comemoramos 100 anos, é realmente inesquecível e deve ser durante muitas outras centenas de anos. Todo movimento que buscou uma quebra com o passado e antes de mais nada, a liberdade da criação, a possibilidade de incluir novos artistas, novas maneiras de se expressar artisticamente: seja pela literatura, artes plásticas, artes visuais ou pela música, torna-se um movimento de extrema importância para todos nós, e que entra definitivamente para a nossa história, da nossa maneira de entender as nossas tradições, de olhar para nós mesmos, como cidadãos, brasileiros e ser porta-voz de nossa história, contar a nossa trajetória e nos descrever, através do nossos pontos de vistas, quebrando todos os padrões impostos”


Guilherme tinha um excelente domínio técnico, muita criatividade e procurava se expandir em outras áreas:


“Guilherme foi divulgando esse tema em palestras pelo Brasil. Com isso, ele conhecia novos poetas, novos escritores e artistas e que viam ali a continuidade desse trabalho e também entender que era possível fazer Arte Moderna no Brasil”


Guilherme de Almeida morreu em 1969, em sua casa, conhecida como a Casa da Colina, onde residia desde 1946. O Governo de São Paulo adquiriu o imóvel em 1970 e o transformou em um museu literário “Casa Guilherme de Almeida”, administrado pela POIESIS - Organização Social de Cultura.

O local tem um grande acervo significativo composto por obras de arte (como gravuras, desenhos, esculturas e pinturas) desenhos que pertenceram a ele e que foram presentes de grandes nomes como Di Cavalcanti e Brecheret, além de uma vasta biblioteca, um mobiliário com peças escolhidas por Baby de Almeida, sua esposa.


A Casa Guilherme de Almeida é um excelente local para conhecer um pouco mais sobre a história da História da Semana de Arte Moderna e o Modernismo no Brasil e perpetuar a obra e a memória de Guilherme de Almeida, oferecendo uma vasta programação cultural que inclui: cursos, palestras e oficinas.


A Casa Guilherme de Almeida está localizada na Rua Macapá, 187 - Sumaré. A entrada é gratuita, mas é necessário fazer um agendamento prévio. As visitas são guiadas.

A visita é de 3as feiras aos domingos: Das 10h00 às 18h00 É necessário o uso de máscara.


Este projeto foi realizado com o apoio da 5ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo



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