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OS DESAFIOS EM DESCENTRALIZAR E FACILITAR O ACESSO À CULTURA EM BAIRROS PERIFÉRICOS.

Reportagem: Caroline Rossetto

 

 

O Centro Histórico, conhecido como Triângulo pelos turistas e o Centro Expandido, possuem o maior número de equipamentos culturais da capital. O Estado de São Paulo também é o maior detentor de centros de educação, lazer e entretenimento do Brasil.

 

De acordo com os dados da SPTURIS, a região central possui mais de 100 locais desse porte, incluindo museus, institutos, cinemas, casas de cultura, entre outros. Apesar da ampla variedade de lugares para o consumir arte, a pesquisa realizada pelo Mapa da Desigualdade de 2022, nos traz o resultado de que, dos 96 distritos, 57 deles não possuem nenhum lugar que ofereça algum tipo de atividade para os moradores.

 

Os bairros que não possuem nenhum equipamento cultural, estão na periferia. A Zona Leste, por exemplo, que é a região periférica com o maior número de habitantes, possui apenas 5 museus e que estão localizados nos bairros de Cangaíba, Penha, Tatuapé, Mooca e Itaquera.

 

Segundo esse morador do Capão Redondo, em um passado não tão distante, a escassez de equipamentos culturais era maior do que atualmente:

 

“Agora eu tenho reparado que tem crescido bastante, mas alguns anos tinham apenas dois pólos culturais e agora tem escolas como os CEUS, que oferecem teatro e cinema. Mas, até uns 4 ou 5 anos atrás não tinha nada. Tem que melhorar o acesso e a informação. Isso não é divulgado. Começa a aparecer e ninguém fica sabendo. Você precisa ir atrás da informação e se tivesse mais, seria mais interessante”, afirma ele.

 

Em coletiva de imprensa, o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, tem planos para descentralizar o acesso e democratizar a arte na capital.

 

“Temos hoje na cidade de São Paulo, 96 distritos, temos 19 casas de cultura e 16 centros culturais. Se pegar o mapa, as salas de cinema, de teatro e salas de espetáculos estão em sua enorme maioria concentradas no Centro Expandido. Tem distritos que não tem equipamentos dessa natureza. Nosso plano é a descentralização de equipamentos e de recursos. Nós vamos atuar para que a cultura da periferia seja valorizada’’

 

Espaços Culturais atuam na memória e na identidade de um povo e tem o papel essencial de oferecer espaços para a construção do diálogo, auxiliando na formação do senso crítico. O Mapa da Desigualdade atua desde 2012, trazendo fontes públicas, apontando problemas de gestões, identificando prioridades e a necessidade da região pesquisada.


A Central de Notícias da Rádio Tucuruvi é uma iniciativa do Projeto “Mônica: a garotinha empoderada faz 60 anos”. Este projeto foi realizado com o apoio da 7ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.

Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.

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