No dia 24 de janeiro o congolês Moïse Kabagambe de 24 anos de idade que trabalhava servindo mesas em um quiosque na Barra da Tijuca Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi morto brutalmente com 30 pauladas após ir no quiosque cobrar o salário que estava atrasado, o corrido causou uma indignação geral no pais principalmente por se tratar de um ato racista, mais uma vez nos assistimos o racismo tirar a vida de um negro.
Infelizmente o que aconteceu com Moïse não é um caso isolado, como sociedade lidamos com isso quase que diariamente, nas periferias atitudes como essa é muito comum, por esse motivo na capital paulista manifestantes foram as ruas demonstrar a sua indignação e pedir por justiça, esse ato é dos que a sociedade deve fazer para mostrar que não devemos aceitar o racismo em nosso pais pois ele é 56,1% composto por pessoas negras segundo o dado do IBGE do ano de 2020.
Quando um crime dessa natureza acontece tende a se gerar em nós vários tipos de reflexões, com isso muitas dúvidas também surgem, é muito comum pensarmos o que deve ser feito para que não haja mais isso esse tipo de atrocidade em nosso meio e assim por diante, conversando com Damazio Gomes da Silva, Advogado do Centro de Direitos Humanos de Sapopemba, ele nos respondeu essa pergunta dizendo: “O caso que acontece com o Moïse pode ajudar a sociedade brasileira a compreender questões atrelada a esse racismo estrutural, um racismo que tem matado a séculos matado de diversas formas causado sofrimento a familiares e para a população negra que tem sofrido diversos ataques de forma muitas vezes velada também, eu entendo que essa sociedade brasileira deve mudar o seu estilo de pensamento, não só o pensamento mais as ações as práticas elas devem ser revista esse assunto esse caso deve ser debatido não somente quando acontece um crime bárbaro como esse mais ele precisa estar sendo discutido no cotidiano da sociedade.”
Outra questão muito importante na luta contra o racismo é como as autoridades se posicionam em relação a esse crime, pois isso afeta diretamente a sociedade, a forma como os governantes agem pode ditar o real peso de um crime independente de qual natureza ele seja, crimes como esse devem ser tratados pelas autoridades de uma forma legal pois diz respeito a algo que precisa de uma resposta rápida, sabemos mesmo existindo a lei esses crimes infelizmente não deixaram de existir, eles ainda vão continuar acontecendo por esse motivo para nos sentirmos mais seguros, as autoridades devem dar repostas mais céleres que posam também trazer uma reflexão nos cidadãos de que de fato se trata de crimes que são graves e que isso não podem ser tolerados.
A sociedade também pode se posicionar em relação a questões desse tipo por meio de manifestações de todas as formas, hoje em dia com o alcance das redes sociais a mensagem chega até mesmo em outras nações, Graça Xavier, Bacharel em Direito Especialista em Direitos humanos e Políticas públicas; Coordenação Executiva União Nacional por Moradia Popular aconselha a sociedade a: “ Nós temos que continuar denunciando e exigindo justiça, que tenha investigação e cobrar que para que a justiça seja feita para toda população que sofre esse tipo de crime no Brasil seja ela branca preto pobre ou rico o importante é a população exija justiça com a mesma força que se pede justiça para uma pessoa de classe média alta.”
Moïse morava aqui no Brasil desde 2014 com sua mãe e seu irmão, eles saíram do congo exatamente para fugir da violência que havia lá. Os agressores já foram identificados e indiciados pela polícia.
Reportagem Vitória Santos
Este projeto foi realizado com o apoio da 5ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo
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